Mulheres grávidas devem ter cuidado redobrado com a automedicação, mesmo quando são casos de sintomas comuns, como a tosse, gripes e resfriados, que costumam ser mais frequentes e intensos no outono e inverno. Segundo especialistas, muitos remédios podem ter na fórmula substâncias que afetam diretamente a saúde do feto e, por isso, um médico deve sempre ser consultado. “No geral a tosse pode sinalizar um grande número de patologias diferentes e, na maioria das vezes, esse tipo de reação do corpo não indica nenhum sinal de perigo iminente, nem mesmo para a gestante. Mas sempre tentamos evitar prescrever xaropes que contenham vasoconstrictores, como a efedrina, ou sedativos em geral, pois podem passar pela circulação uteroplacentaria e eventualmente prejudicar o feto”, afirma a ginecologista e obstetra Regina Paula Ares.
Leia também:
Alimentação saudável e pré-natal são essenciais para uma gravidez tranquila
5 dicas para minimizar os enjoos na gravidez
Dor nas costas das mamães: veja como evitar
Mas qualquer sintoma pode ser um sinal para outras doenças mais preocupantes como a pneumonia, faringite, amidalite ou mesmo refluxo gastroesofágico. Essas sim, segundo a médica, podem prejudicar a saúde da grávida, levando a esofagites, abortamento ou trabalho de parto prematuro. A congestão nasal também merece atenção, pois os descongestionantes podem provocar aumento da pressão arterial ou taquicardia maternos, prejudicando também o feto, uma vez que parte de tudo o que a gestante ingere pode passar pela placenta, reduzindo as trocas de nutrientes entre mãe e filho. Entre os efeitos adversos estão a taquicardia fetal, perda de peso fetal e hipoglicemia pós-natal.
Tratamento para gripe e resfriado para grávidas
Uma alternativa para tratar tosses, gripes e resfriados sem prejudicar a gestação ou a saúde do bebê é buscar medicamentos naturais a base de eucalipto, mel, agrião, menta e alcaçuz. Os medicamentos homeopáticos também podem ser utilizados com tranquilidade. “Apesar de alguns deles precisarem de prescrição médica, a composição desses medicamentos geralmente não apresenta efeitos colaterais, não coloca em risco a saúde dos bebês e podem ser usados simultaneamente a outros tipos de medicamentos, sem perigo de interação medicamentosa”, afirma a ginecologista.