Uma equipe multidisciplinar da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda, conseguiu desenvolver um combustível para ônibus a partir do ácido fórmico. Na natureza, a substância é encontrada na picada de formigas e outros insetos.
Essa energia tem como objetivo empregar inovação e sustentabilidade nas tecnologias desenvolvidas pela equipe, segundo informa a Team Fast, empresa derivada da universidade e responsável pelo projeto.
Como funciona o combustível de ácido fórmico
Batizado de hidrozina, o combustível nasce a partir da decomposição do ácido fórmico em gás hidrogênio. Uma reação química entre água e dióxido de carbono cria a hidrozina, que é quebrada por um catalizador e dividida entre hidrogênio e dióxido de carbono.
Esse hidrogênio é separado em uma célula do combustível para reagir com oxigênio e, dessa forma, gerar a eletricidade responsável pelo motor elétrico. Essa foi a grande descoberta da Team Fast: fazer o ácido transportar os ingredientes necessários para motores elétricos fossem acionados.
Outro ganho desse sistema é a poluição gerada. De acordo com a equipe, o ônibus que utilizou a hidrozina não emitiu nenhum tipo de gás nocivo ou fuligem. Apenas dióxido de carbono e água.O veículo realizará excursões para eventos de montadoras para mostrar que o combustível funciona.
Resultados foram positivos
Funcionando com uma capacidade de rodagem de 50% se comparada ao combustível atual de hidrogênio, a hidrozina tende a ser bem mais barata. Segundo os cálculos da universidade, custaria certa de R$ 127 mil converter postos de petróleo em locais de abastecimento de hidrozina.
Eles defendem que isso tornaria o lançamento de uma rede de postos de hidrozina cem vezes mais barato do que lugares com combustíveis convencionais.
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