Organizações e desenvolvedores têm trabalhado em aplicativos específicos para denúncias de agressões, prezando a proteção das mulheres em casos de violência sexual.
A violência contra a mulher é um dos maiores problemas de saúde pública do Brasil. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 1,2 milhão de mulheres sofrem agressões a cada ano no país.
Pelas estimativas do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), pouco mais de 10% desses casos são denunciados, por motivos como medo de represálias, exposição e impossibilidade de realizar a denúncia.
Circle of 6
Criado justamente com o objetivo de denunciar violência sexual, este aplicativo pede a criação de um círculo de amizade de 6 pessoas próximas que podem ser acionados em caso de emergência. Você pode gerar uma mensagem automática: caso a situação seja agravante, vale a pena deixar o GPS do celular ativado, para que o contato de confiança saiba exatamente onde você está e tenha condição de ir até o local o mais rápido possível (ou, pelo menos, acionar a polícia até o local). O Circle of 6 está disponível para iOS, Android e Windows Phone.
Help Me

Criado pelo brasileiro Renato Sanches, o aplicativo Help Me envia um SMS automático para os números de ajuda do transporte público quando a mulher sentir que foi ameaçada ou abusada dentro do ônibus, trem ou metrô. A tela mostra a mensagem “estou sofrendo abuso”, além de ter um botão que ativa uma sirene alta, chamando atenção das pessoas ao redor. Disponível para iOS e Android.
Clique 180

Criado pela ONU Mulheres Brasil, o app fornece todas as informações disponíveis sobre casos de violência contra as mulheres, locais das redes de atendimento e um passo a passo sobre como agir caso sofra algum tipo de agressão. Disponível para Android e Windows Phone.
SaiPraLá

Inúmeras mulheres são assediadas diariamente, e como elas nem sempre estão em condições de bater de frente com os agressores, a jovem Catharina Doria teve uma ideia: criar um app onde elas possam notificar horário e local onde foram assediadas de forma anônima. Ela tinha apenas 17 anos quando criou o SaiPraLá, numa tentativa de “pressionar os órgãos responsáveis pela nossa segurança para que tomem atitudes”. Disponível para Android.
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