Um grupo de cientistas da Universidade de Harvard pretende fazer com que os mamutes, que desapareceram da Terra há mais de 4 mil anos, reapareçam como um híbrido com elefantes. Eles teriam as mesmas informações genéticas de seus antepassados: pelos longos, muitas camadas de gordura e resistência ao frio.
A novidade, segundo o tabloide britânico The Sun, foi apresentada pelo professor George Church, que lidera o grupo de pesquisadores da universidade, em evento da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS).
O cientista destacou que este é um trabalho que contribui para a evolução da embriogênese, ou seja, o desenvolvimento do embrião, no laboratório. O método utilizado é o Crispr – capaz de editar o DNA.
Por isso, os pesquisadores preveem conseguir, até 2019, produzir um embrião híbrido que contenha o traço dos dois animais. Até agora, eles trocaram 45 seções de DNA.
Este não será o primeiro tipo de animal que a Ciência está “tentando ressuscitar”; o pombo-passageiro, a ave tetraz-das-pradarias também estão sendo estudadas;
Metade mamute, metade elefante

Como é feito
Os genes do mamute congelado são “recortados e colados” dentro do genoma dos elefantes. A partir daí, o núcleo do zigoto do elefante será removido e substituído por células de mamute híbridas. As criaturas se desenvolverão em um útero artificial.
Entre os efeitos, está a possibilidade de espécies de elefantes se tornarem mais resistentes para povoar lugares frios, até então menos populosos. O “retorno dos mamutes” também contribuiria para equilibrar o ecossistema nas regiões geladas.
Os especialistas estimam que a volta do mamute-lanoso (que viveu no Ártico) na Sibéria, por exemplo, reduziria em até 20 graus Celsius a temperatura da região.
Genética e a Ciência
- A incrível história do homem que tem dois DNAs
- Afinal, como é o DNA dos gêmeos? Entenda
- Fósseis mantidos em âmbar: veja 5 curiosidades