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Parece só luxo, mas iate de bilionário é uma verdadeira revolução para o meio ambiente

Publicado 25 Ago 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 2 Abr 2018 – 09:32 AM EDT
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Para o bilionário Kjell Inge Røkke não bastava ser quase uma "gata borralheira" da Noruega. Ele era um pescador que mal completou o ensino médio e se tornou a décima pessoa mais rica do país. Agora, quer usar parte da fortuna de US$ 2 bilhões para limpar e pesquisar o oceano com o maior iate do mundo.

REV vai recolher toneladas de plástico por dia do mar

Presidente de um conglomerado financeiro norueguês, o empresário está investindo esforços e dinheiro no REV, a sigla em inglês para Embarcação de Expedição e Pesquisa.

Quando estiver 100% pronto e funcionando, o que está previsto para o ano de 2020, o super iate vai recolher 5 toneladas de plástico por dia no oceano.

Embarcação será centro de pesquisas do oceano

Além disso, a ideia é que a embarcação seja um verdadeiro centro de pesquisa marítimo. Com capacidade de 90 pessoas a bordo, o REV conseguirá acomodar tripulantes e cientistas, além de pessoas convidadas. 

Com 1050 metros quadrados, o navio será equipado de laboratórios, locais tecnológicos de reciclagem e incineração de resíduos, auditório, centro de recreação e drones aquáticos e aéreos, além de heliponto e um veículo subaquático capaz de comportar até 60 cientistas.

Expedição chefiada pelo WWF

Pesando 16 toneladas, o REV tem 181,6 metros de comprimento e 22 metros de boca máxima, o jargão náutico para a maior largura do casco. De acordo com o site do projeto, "o navio pode navegar sem parar quase 98% da linha do Equador. Com tecnologia verde inovadora, o objetivo é minimizar os danos ambientais".

Sem ter divulgado o custo da construção, já se sabe quem vai chefiar as operações e missões de pesquisa: a organização de conservação ambiental WWF. De acordo com informações da imprensa internacional, parece ter sido a ONG que priorizou a coleta de plástico como função principal do navio.

Bilionário quer devolver fortuna às pessoas

"Eu quero devolver à sociedade a maior parte do que ganhei. Este navio é parte disso", reportou a revista americana Time. A reportagem, aliás, não deixa de pontuar alguns pontos questionáveis da acensão de Røkke, como seu temperamento explosivo e prisão por suborno.

Mesmo assim, depois de passar 23 dias preso, ele gastou US$ 3 mil comprando pizzas para os companheiros de cela. Pelo visto, a medida que a fortuna aumentou, a generosidade com o planeta também.

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