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Descoberta substância cerebral capaz de inibir pensamentos negativos: entenda ação

Publicado 13 Dez 2017 – 12:54 PM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Uma recente pesquisa científica desenvolvida por uma equipe multidisciplinar da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, descobriu que um neurotransmissor atua diretamente na inibição de pensamentos negativos. E não estamos falando do simples pessimismo, mas de condições graves como ansiedade e transtornos pós traumáticos.

GABA: o neurotransmissor que inibe pensamentos ruins

No cérebro das pessoas que sofrem com ansiedade e traumas, ocorre com muita frequência o que especialistas chamam de "pensamentos intrusivos persistentes". Ou seja: lembranças indesejadas associadas, por exemplo, a um trauma, invadem os pensamentos sem que o cérebro tenha controle.

Quando a capacidade de controlar os pensamentos se rompe, "causa alguns dos sintomas mais debilitantes das doenças psiquiátricas: memórias intrusivas, imagens, alucinações, ruminações e preocupações patológicas e persistentes", segundo declarou ao site da universidade o professor Michael Anderson, um dos autores do estudo.

A grande descoberta foi que há um neurotransmissor que "nos permite suprimir pensamentos indesejados", como define o estudo publicado na revista especializada Nature Communications. Essa substância química se relaciona com a região da memória e age para que pensamentos indesejados fiquem sob controle.

Neurotransmissores são produtos químicos dentro do cérebro que permitem a comunicação entre as células nervosas. Nesse caso específico, descobriu-se o principal inibidor cerebral é o GABA. Essa é a sigla em inglês para ácido gama-aminobutírico e quando um neurônio o libera, pode é possível que ele suprima determinadas atividades em outras células. Tais atividades podem ser os pensamentos indesejados.

"Concentrações de GABA dentro do hipocampo - uma área-chave do cérebro envolvida na memória - preveem a capacidade das pessoas de bloquear o processo de recuperação e evitar que os pensamentos e memórias retornem".

A ideia é usar a descoberta para desenvolver remédios que incentivem o crescimento e atuação de GABA em pacientes que sofrem desses problemas.

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