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Esqueça o que você viu até agora: o IMC sozinho não diz nada sobre a sua saúde

Publicado 11 Ago 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 03:38 PM EDT
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O índice de massa corporal (IMC) é método usado há décadas para detectar desnutrição ou obesidade. A ferramenta é válida para avaliar grandes populações e dar índices genéricos sobre um determinado grupo. Mas, quando se trata de uma análise individual e mais aprofundada, este número não diz nada sobre a sua saúde.

Cálculo e classificação do IMC

A fórmula do IMC é a mesma para todas as pessoas. O que muda são os pontos dos valores de referências para a classificação do seu peso, que variam entre crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pessoas adultas (classe delimitada para indivíduos entre 20 e 59 anos), o resultado da divisão do seu peso (em quilos) pela sua altura (em metros) elevada ao quadrado deve ser igual ou maior que 18,5 e menor que 25. Abaixo desse valor, o método considera o indivíduo abaixo do peso e, acima, com sobrepeso ou mesmo obesidade.

Por que o IMC não é um cálculo válido?

Por não levar em consideração características individuais, como sexo, etnia, estrutura óssea ou massa muscular, o resultado pode apresentar falhas e ser interpretado erroneamente.

Nesse esquema, uma pessoa sedentária que se alimente com ingredientes de baixo nível nutricional pode ser considerada saudável, ou um indivíduo que se exercite e possua músculos tonificados e definidos seja considerado obeso. 

Qual é o melhor método para avaliar o corpo?

"O IMC possui prós e contras, mas deve ser analisado como uma estimativa, nunca sozinho", afirma Renato Zilli, endocrinologista do hospital Sírio Libanês, de São Paulo.

Para o médico, o melhor seria usar o método combinado com outros parâmetros. "Em meu consultório, por exemplo, eu uso a bioimpedância", revela. Neste método, o paciente é submetido a uma descarga elétrica que mede  proporção entre gordura e músculo no corpo.

Outro método bastante utilizado é a medida da circunferência da cintura. Se você for mulher com circunferência abdominal acima de 88 cm ou homem com mais de 102 cm, preste atenção, pois pode estar caminhando para a obesidade. Conforme informações do site do Dr. Dráuzio Varella, ainda que o parâmetro não seja tão preciso quanto a bioimpedância, ele gera informações importantes referentes a saúde.

O acúmulo de gordura na região abdominal não envolve apenas questões estéticas, guarda relação direta com a deposição de tecido adiposo no interior da cavidade abdominal, característica associada ao aumento da mortalidade geral. 

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