Uma das participantes mais queridas do BBB 18, a acreana Gleici Damasceno, 22 anos, tem uma história de vida comum a muitos brasileiros, cheia de dificuldades e lutas sem esmorecer.
A jovem, que gerou as melhores reações depois de seu retorno à casa, foi a primeira de sua família que concluiu o Ensino Médio da escola e chegou a entrar na faculdade.
Vida de Gleici do BBB: dificuldades a superar
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Casa simples na periferia de Rio Branco
Gleici se tornou uma das principais personagens da “casa mais vigiada do Brasil”. Sua vida fora do programa, entretanto, é bem mais simples: antes de entrar para o BBB, por exemplo, a participante dormia na sala da casa que dividia com a mãe e o irmão mais velho. O imóvel fica na periferia do Rio Branco, capital do Acre.
Começou a trabalhar com 12 anos
Gleici seguiu a trajetória de sua mãe, Vanuzia Damasceno da Silva, e começou a trabalhar muito cedo, aos 12 anos, segundo matéria do UOL.
Para ajudar na renda da casa, ela trabalhava como babá na casa de uma patroa, ganhando R$ 100. À tarde, ia para a escola. Somente na adolescência, Gleici passou a trabalhar para candidatos políticos e a participar de movimentos estudantis e populares.
Primeira a fazer faculdade na família
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De origem pobre e nascida na área rural, Gleici foi a única pessoa de uma família de dois irmãos, 15 tias, 50 primos a terminar os estudos no Ensino Médio e entrar na faculdade. Ela cursa Psicologia em uma universidade privada por meio de um financiamento estudantil do Governo.
A própria sister já comentou sobre sua conquista acadêmica dentro da casa, com o participante Caruso. “Eu tinha 17 anos quando entrei [na faculdade]. Eu ia fazer Serviço Social. Deu problema na documentação e eu tranquei”, relata, em vídeo publicado pelo GShow.
“Faço Psicologia e eu gosto. É um curso que você vai se apaixonando. Eu gosto de gente, para mim é maravilhoso. Desde muito novinha eu me envolvi com questões sociais. Sempre tive essa vontade de mudar o mundo na minha cabeça”.
Luta pelo feminismo, juventude e negros
Nossa menina palestrando contra o racismo! Eu tenho muito orgulho! GLEICI ME REPRESENTA pic.twitter.com/bpWnkA6N7N
— Gleici Damasceno
(@gleicidamasceno) February 24, 2018
A defesa das minorias também faz parte da história de Gleici. Além de ser militante da Juventude Negra, a BBB luta pela representatividade e o poder da mulher e ainda tenta “mudar o mundo” defendendo o respeito aos Direitos Humanos.
Em uma publicação no seu Instagram, aliás, ela usa as hashtags “Feminismo”, “Empoderamento negro”, “Mulheres na Política”.
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Sem desistir dos sonhos, ela se vê como “vencedora”
Diante das desigualdades que se colocaram na sua vida, principalmente na infância, Gleici também é um exemplo de superação e luta pelos sonhos – o que a torna uma representante fundamental de sua história (e de muitos brasileiros) dentro do BBB.
“Tudo o que passei na vida não me permite baixar a cabeça. Me considero uma vencedora e entrei no BBB porque quero representar histórias como a minha”, disse, ao entrar no jogo.
Em um vídeo publicado no Instagram, a mãe da BBB, Vanuzia, comentou sobre os problemas financeiros que a família já passou – e que Gleici enfrentou de cabeça erguida, com muita garra.
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“Falar da minha menina não é nada difícil. Ela é uma menina muito lutadora, teve muita dificuldade na vida e nem por isso desistiu”, conta. “Nós passamos muita dificuldade na vida, mas ela sempre sonhou, nunca desistiu dos sonhos dela. Ela cresceu com muito sofrimento, porque a gente passou muito pela casa dos outros…”.
Prêmio em dinheiro: estabilidade para a família
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Por conta de seu histórico, Gleici já comentou em alguns momentos dentro do jogo que sua entrada no BBB se tornou uma oportunidade de vida e que, em suas mãos, o prêmio de R$ 1,5 milhão seria usado para dar estabilidade financeira para a família.
“O resto, eu vou atrás. De conseguir ser uma pessoa bem-sucedida através do meu trabalho…”, disse, em conversa com Ayrton sobre a vida pós-BBB.
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