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Cantinho do pensamento: 3 consequências ruins e como substituir o castigo

Publicado 25 Jul 2019 – 10:56 AM EDT | Atualizado 25 Jul 2019 – 11:00 AM EDT
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Reservar um lugar dentro de casa para que a criança se acalme ou reflita sobre seu comportamento é uma tática cheia de boas intenções, mas que nem sempre é bem executada e pode ser interpretada como um castigo - justamente o que os pais querem evitar quando adotam o famoso "cantinho do pensamento".

Cantinho do pensamento: desvantagens

Simplesmente colocar um banquinho no quarto e mandar o filho sentar lá e ficar olhando para o nada não vai ajudar a corrigir falhas de comportamento. Neste caso, o cantinho do pensamento acaba virando um castigo, com todas as suas consequências:

Passa a mensagem errada

O primeiro equívoco está no nome "cantinho do pensamento". De acordo com o pediatra Daniel Becker, associar o ato de pensar com um castigo é extremamente perigoso: a criança vai achar que pensar é uma coisa ruim.

Além disso, como explica o educador parental Thiago Queiroz, do canal "Paizinho, Vírgula!", mandar o filho para o cantinho do pensamento o leva a achar que só é amado e aceito caso cumpra as condições e regras impostas pelos pais.

Estimula sentimentos negativos

Sentada no banquinho do pensamento, a última coisa que a criança vai pensar é no que fez de errado. Muitas vezes, ela nem tem capacidade para isso. Para piorar, ela passa a conhecer certos sentimentos difíceis de lidar até para um adulto: rejeição, vergonha, medo e raiva.

Promove afastamento

Quando a criança se comporta mal, significa que alguma necessidade afetiva não foi preenchida. Ao colocá-la no cantinho do pensamento, ela pode até parar de cometer aquele erro a curto prazo. Mas a raiz do problema só cresce.

Ao isolar o filho na cadeirinha para tentar fazê-lo pensar no que fez, os pais acabam se afastando da criança no momento em que ela mais precisa. Ela não entende por que aprontou, mas talvez entenda que não pode contar com seus pais em momentos difíceis.

Cantinho da calma: alternativa positiva

Para evitar que o cantinho do pensamento se transforme em um castigo ineficaz, basta mudá-lo para o "cantinho da calma": um espaço escolhido e decorado por ela mesma para ficar sozinha por um tempo quando precisar se acalmar.

A principal diferença é que, no cantinho da calma, não são os pais que mandam a criança ir: ela é quem escolhe o momento de se isolar. Os adultos podem até sugerir que ela vá - e, caso também estiverem nervosos, ir junto com ela. Além de ser mais respeitoso e eficaz, ajuda os pequenos a exercitar o autocontrole e conhecerem seus sentimentos.

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