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Pedagoga defende que pais não perguntem aos filhos: "O que você quer fazer quando crescer?"

Publicado 5 Jun 2020 – 02:32 PM EDT | Atualizado 5 Jun 2020 – 02:32 PM EDT
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Você certamente passou parte da infância ouvindo de várias pessoas uma mesma pergunta: "O que você quer fazer quando crescer?". E, agora adulto, pode já ter feito o mesmo questionamento a seu filho ou a alguma criança próxima.

A pergunta pode parecer simples, inocente e até mesmo tirar dos pequenos respostas divertidas e engraçadas, mas saiba que, do ponto de vista pedagógico, ela não é indicada, segundo Deborah Gilboa, pediatra e especialista em desenvolvimento infantil.

"O que você quer fazer quando crescer?": por que a pergunta não deve ser feita

A pergunta “o que você quer fazer quando crescer?” está diretamente associada a uma profissão e, consequentemente, conquistas acadêmicas. O sucesso escolar e na carreira, no entanto, não deve ser o único fator a ser levado em consideração para a felicidade do ser humano, segundo a pediatra.

Em uma palestra no Tedx, a especialista afirma que é preciso mudar o foco e se concentrar na formação de caráter das crianças e não apenas na formação acadêmica. Ela explica que, assim, as conquistas virão naturalmente no processo.

Portanto, em vez de fazer a tradicional pergunta, devemos questionar aos nossos filhos: “quem e como você quer ser?”.

Ainda de acordo com a pediatra, as soluções para nossos problemas não dependem de ótimas pontuações em provas, mas sim de pessoas de bom caráter que, quando se deparam com algo errado, perguntam: “O que eu posso fazer em relação a isso?”.

Os pais, naturalmente, passam muito tempo se preocupando com a felicidade de seus filhos. Porém, a felicidade deles não é realmente nossa responsabilidade, mas o caráter deles é, diz Deborah. Quando focamos no caráter de nossos filhos, eles realizarão coisas significativas e provavelmente encontrarão sua própria felicidade.

E o contrário, afirma a especialista, não é verdadeiro. “Aos se concentrar somente nas realizações e na felicidade imediata de nossos filhos, é mais provável que eles se tornem idiotas, nunca sabendo que esse não era nosso objetivo”.

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