
Talvez você não saiba, mas a calvície não é uma condição que atinge apenas os homens. Mulheres também podem desenvolver o quadro por inúmeras razões, e não somente as que têm idade avançada.
Felizmente, alguns sinais denunciam a chegada deste problema, facilitando seu tratamento.
Calvície feminina: o que é?

Conforme explica Adriano Almeida, professor de dermatologia e diretor da Sociedade Brasileira do Cabelo, a calvície feminina é um nome técnico para alopecia androgenética, que pode atingir qualquer mulher a partir do começo da puberdade.
“Quando a mulher começa a menstruar, isto é, atinge a puberdade, ela já pode começar a perder cabelo. Neste caso, é preciso sempre ficar atenta se o fio cai além do normal – por exemplo, em vários tufos por vez”, explicou.
Causas

As causas podem ser várias e acontecem da puberdade até a menopausa.
A principal causadora da calvície feminina é a herança genética, ou seja, um histórico passado de pais e mães para filhos de ambos os sexos. Muitos acreditam que essa herança só acontece entre homens, mas as filhas mulheres podem herdar também.
Além disso, existem outras causas relacionadas, como:
- Alterações hormonais: menopausa e pós-parto;
- Inflamações no couro cabeludo;
- Uso inadequado de produtos capilares: alisamento químico ou tintura;
- Problemas emocionais: estresse e depressão.
Quando buscar um médico? 2 sinais indicam

A perda capilar faz parte do ciclo de qualquer mulher. No entanto, quando a perda capilar é grande, é válido ficar atenta para tentar notar se você está caminhando para a calvície.
Uma das principais formas de perceber é quando aparecem algumas falhas no couro cabeludo, deixando-o mais visível.
“Outra forma de identificação é a espessura do cabelo. Se os fios estiverem muito finos, frágeis e com um crescimento devagar, vale procurar um especialista para tirar a dúvida”, explica o dermatologista, que ainda ressalta: “Quanto mais cedo, melhor para tratar.”
Tratamento

É muito importante uma conversa detalhada sobre estilo de vida e sintomas que percebeu para que o médico consiga entender o que está levando a uma queda precoce e, se de fato, o quadro se trata de calvície feminina.
A partir disso, o profissional poderá prescrever diferentes terapias:
Tratamento tópico
Provavelmente, o primeiro tratamento escolhido será o tópico. “Se é diagnosticado logo no início, uma loção local ou aplicação de remédio no couro cabeludo pode ser o suficiente”, explica.

Transplante capilar
O transplante capilar pode ser recomendado para casos mais avançados da calvície. A área usada para fazer a extração é atrás da cabeça. “Nesta parte, os pelos não possuem receptores hormonais e conseguem se fixar quando colocados em outras partes do couro cabeludo”, diz Almeida.
Isto é, o cabelo doado é o da própria pessoa, para garantir 100% de compatibilidade. A cirurgia dura de 8 a 10 horas.
Contraindicação para transplante
A contraindicação para o transplante é não ter uma área doadora de fios boa, pois muito provavelmente o paciente não terá um bom resultado. Se o paciente tem diabetes, hipertensão, feridas no couro cabelo, histórico de AVC ou doenças graves, o procedimento também não é indicado.

Perucas
O uso de perucas ou apliques também pode ser uma boa escolha para quem não tem condições financeiras de investir em um transplante capilar, que pode custar de R$ 5 mil a R$ 40 mil.
“Caso a mulher opte por uma peruca, é interessante que veja aquela de estilo ‘tic-tac’, desta forma, não machucará o cabelo natural. A opção de cola ou entrelaçamento pode causar inflamações no couro cabeludo”, alerta o médico.